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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

COM A PALAVRA UM LEITOR DESTE BLOG



Policiamento comunitário
 - Guilherme Cardoso (jornalista e escritor)


A situação é de causar pânico


A violência aumenta na Capital e cidades vizinhas. Acessando as redes sociais a gente fica sabendo da indignação das pessoas. Os assaltos e mortes, corriqueiros no centro da cidade e em bairros da periferia, agora causam espanto e temor aos moradores da zona sul, região mais nobre de Belo Horizonte.

Não seria a hora de se fazer um aperfeiçoamento no policiamento comunitário que a PM não cansa de afirmar que realiza em Belo Horizonte?

O que é Rede de Vizinhos Solidários? É a Polícia Militar querendo transferir para os moradores tarefas que são suas, de vigiar, investigar, anotar placas de carros parados por muito tempo num local, denunciar pessoas suspeitas.

Nos dias de hoje, vida corrida, todos sem tempo, não se conhece o vizinho do lado, esta solidariedade acaba sendo utópica.

O que a comunidade quer da PM, são mais homens nas ruas dia e noite, circulando pelo bairro em viaturas, em motocicletas, estas muito mais ágeis.
Por que não ousar mais, avançar na criatividade implantar postos policiais nos bairros e distribuir proporcionalmente todo o contingente pela cidade? O cidadão quer ver a polícia perto dele, e não depois que o delito acontece. É só fazer parcerias com o comércio local, postos de combustíveis, ou alugar casas nos bairros, transforma-las em postos policiais, colocando ali viaturas, motocicletas e soldados para o patrulhamento constante e preventivo da região.

O que aconteceu com os quiosques da PM instalados pela cidade, muitos em parceria com a comunidade? A maioria foi retirada, e em outros nunca se vê policial dentro.

E por que não utilizar mais motocicletas no serviço de patrulhamento das grandes cidades? Com um policial em cada moto, haveria mais homens distribuídos pelos bairros e se deslocando com maior rapidez que os carros, tendo em vista o trânsito caótico das grandes cidades.

Tenho certeza que os resultados serão muito melhores, a sensação de segurança da comunidade será maior e a violência deverá diminuir. Sem contar que haverá rapidez no atendimento às ocorrências e economia nos gastos com combustíveis, já que as viaturas circularão num raio menor.
No modelo que vemos hoje, a polícia num todo abraçando a cidade, no máximo distribuída em batalhões, correndo pra lá e pra cá atrás de bandidos, com o trânsito e as distâncias enormes, sabemos ser impossível evitar assaltos e mortes, por isso ela chega quase sempre depois do fato ocorrido, com várias viaturas, até helicóptero.

Entendo polícia comunitária como a que existe nos Estados Unidos. Morei por lá durante três anos. É policiamento preventivo, homens e viaturas circulando por toda a cidade, e a toda hora. Dia e noite.

Lá, a responsabilidade pela segurança dos cidadãos é do município. Cada cidade tem sua guarda policial que se reporta ao prefeito eleito. E a comunidade confia neles. Em qualquer bairro os moradores podem ver com facilidade os policiais e suas viaturas circulando pelas ruas 24 horas. E além do policiamento rotineiro, são eles também os responsáveis pelo patrulhamento no trânsito.

É assim que deve ser a atuação da polícia no Brasil, e no caso em questão, aqui em Belo Horizonte. Contratar mais policiais, dar-lhes bons salários, dividir o efetivo em turnos de oito horas de trabalho, construir ou alugar casas nos bairros para servirem de postos estratégicos e distribuir policiais e viaturas pelas ruas 24 horas.

Policiais têm que estar sediados nos bairros, juntos de seus moradores. 
Auxiliados pela tecnologia. Só assim a violência diminui e o cidadão passa a se sentir em segurança.

Contato com este blog:  assoccomunitbesplanada@gmail.com

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